Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade



DEFINIÇÃO
Disfunção cerebral associada a sintomas comportamentais dominados pela DESATENÇÃO ( “ desligado / avoado ‘’ ) COM ou SEM IMPULSIVIDADE ( “ age antes de pensar ‘’ ) e HIPERATIVIDADE ( “ não pára quieto ‘’ ) ocasionando baixo desempenho social (“ isolamento social‘’)
e acadêmico ( “ rendimento escolar ruim ‘’ ).

  • Distúrbio neuropsiquiátrico de comportamento mais prevalente.
  • Grande número de estudos nos últimos 50 anos.
  • Incidência: 2 a 5% das crianças em idade escolar, variável de acordo com o critério de diagnóstico e interpretação dos sintomas.
  • Considerando a população estudantil em nosso país, podemos obter uma média de um aluno por turma escolar com TDAH.

Mais comum em MENINOS (3:1).
O diagnóstico é CLÍNICO, baseado nas informações dos pais, professores, questionários e observação clínica.
Estudos laboratoriais, de imagem e eletrofisiológicos não são usados de rotina para o diagnóstico, devendo ser empregados com objetivo de afastar outros diagnósticos.
Fisiopatologia: Desregulação da liberação e ação de DOPAMINA na REGIÃO PRÉ-FRONTAL do cérebro, responsável pelo controle da concentração e da agitação.

CAUSAS
Genética:
Concordância entre gêmeos univitelinos.
Altos coeficientes de HEREDITARIEDADE 60% dos casos apresentam história familiar
Atualmente, a literatura considera os fatores genéticos como os principais agentes causais.
Fatores ambientais:
Prematuridade.
Hipóxia perinatal.
Infecção sistema nervoso central.
Trauma craniano.
Epilepsia.
Desnutrição.
Tabagismo materno.

SUBTIPOS DE TDAH:

  • Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade tipo Combinado
  • Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade tipo Predominantemente Desatento
  • Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade tipo Predominantemente Hiperativo-Impulsivo


CONDIÇÔES ASSOCIADAS:

  • Distúrbios de coordenação motora fina.
  • Atraso no desenvolvimento da linguagem.
  • Dificuldades de aprendizagem.
  • Tiques.
  • Distúrbios do sono.
  • Enurese, encoprese.


DISTÚRBIOS DO COMPORTAMENTO:

  • Comportamento anti-social:
  • Tendência a mentir.
  • Pequenos furtos.
  • Ansiedade.
  • Baixa de auto-estima.
  • Dificuldade no relacionamento inter-pessoal.
  • Dificuldade de auto-percepção.
  • Comportamento depressivo.


TRATAMENTO:
Educação e esclarecimento do paciente, sua família e escola.
O profissional da Psicologia é responsável pela avaliação da situação familiar referente a regras ou outros fatores ambientais e participa do desenvolvimento de SOLUÇÕES de acordo com a opinião comum da criança e dos pais ou responsáveis.
Adaptação CASA - ESCOLA.
Treinamento cognitivo-comportamental. (habilidades para auto avaliação, instrução e monitoramento).
Orientação pedagógica.
Tratamento fonoaudiológico.
Tratamento terapêutico ocupacional.
Atividade física e atividades que envolvem concentração ( ex, xadrez ).
Tratamento medicamentoso: Metilfenidato (Ritalina®, Concerta®), Imipramina, Risperidona.


Em caso de dúvida, procure o médico responsável pelo tratamento de seu filho e não se esqueça de que toda a EQUIPE deve estar empenhada em sua melhora.