Orientação aos pais no combate a pedofilia na internet



Sempre é válido tratar de um tema importante como a educação dos filhos para acessar conteúdo na Internet. Os pais estão vulneráveis quanto a ensinar os filhos diante do potencial de informação imprópria existente na Internet. Mas isso não diminui a obrigação dos pais de delimitar o que pode ou não ser acessado. Principalmente diante de tantos problemas que surgem no uso obscuro da internet.
Somente no primeiro bimestre de 2010, a ONG Safernet recebeu 4.632 denúncias de pornografia infantil na web. No ano passado, foram 8.969. A maior parte das denúncias envolve perfis no Orkut. Dos 30.601 casos que chegaram a Safernet, de 1º de janeiro a 1º de julho, 44% eram referentes a pornografia infantil na web. Em números absolutos, significa dizer que foram 13.472 denúncias, sendo que 9.376 teriam ocorrido no site de relacionamentos Orkut.
Estes dados indicam o quanto que as crianças estão expostas neste mundo virtual e como necessitam de uma educação para uso das tecnologias e do monitoramento dos pais.
A maioria dos especialistas concorda que crianças e adolescentes que passam tempo demais no mundo virtual estariam prejudicando os estudos e uma relação mais saudável e “real” com seus amigos. Além disso, estão vulneráveis às abordagens de desconhecidos mal-intencionados que podem se passar por amigos virtuais. Da mesma forma que os pais precisam orientar os filhos, quando estes saem à rua, precisam orientá-los quando eles se conectam à rede.
A seguir, enumeramos algumas dicas para que os pais possam acompanhar o conteúdo acessado pelos filhos na internet:
  • Estipule horários, examinar o que o filho faz e os amigos com quem anda;
  • Instale o computador em área da casa onde a família circule;
  • Acompanhe a criança quando utilizar computadores de bibliotecas;
  • Navegue na internet algum tempo com a criança. Se você é pouco familiarizado com a internet, peça para seu filho ensiná-lo a navegar. Navegue, veja como a rede funciona e o que ela proporciona às pessoas;
  • Opte por programas que filtram e bloqueiam sites;
  • Dedique tempo para navegar com seu filho. Divirta-se com ele pela rede, conheça os sites preferidos, os programas que ele usa e as atividades que faz enquanto está online. Quem sabe você mesmo conseguirá, com o tempo, propor sites e atividades interessantes para a criança na rede.
  • Ensine seus filhos a fazerem um uso responsável dos recursos online. Afinal, há muito mais na rede do que salas de chat. Caso encontre algum material ofensivo, aproveite a oportunidade para explicar à criança os motivos de o material ser inapropriado e como ela deve proceder.
  • Explique que há homens e mulheres mal-intencionados na Internet. Aproveite para passar a velha idéia do “não fale com estranhos”, que pode ser muito bem aplicada à comunicação virtual: ensine a criança a não fornecer informações pessoais como nome, endereço e escola em que estuda em conversas pela Internet, a não enviar fotos para pessoas que conheceu pela Internet e a não receber dessas pessoas nenhum tipo de arquivo.
  • Conheça os amigos que a criança faz no mundo virtual. Assim como podem surgir boas e duradouras amizades, também podem aparecer pessoas com más intenções. Explique a ela que as coisas vistas e lidas na Internet podem ser verdade, mas também podem não ser.
  • Não permita que seus filhos marquem encontros com desconhecidos com quem travaram contato pela Internet sem o seu conhecimento. Se você permitir que o encontro seja marcado, que seja em um local público. E, claro, acompanhe seu filho.
  • Evite colocar o computador no quarto dos seus filhos. Dê preferência à sala ou a algum outro cômodo da casa que proporcione a navegação à vista da família e a livre circulação no ambiente. Assim você poderá ver de perto o que seu filho anda acessando.
  • Converse e estabeleça regras e limites para o uso da Internet, adequadas à idade da criança. Fixe um horário ou tempo limite de acesso, converse sobre os sites e serviços que ela pode ou não pode usar e explique o motivo. Monitore o uso de salas de bate-papo e de comunicadores instantâneos.
  • Use os recursos que seu provedor de acesso puser ao seu dispor para bloquear o acesso a todo e qualquer site ou conteúdo que considere inapropriado para o seu filho. Você também pode utilizar programas de filtragem de conteúdo que estão disponíveis na Internet.
  • A comunicação é fundamental. Mais do que qualquer programa ou filtro, a conversa sincera entre pais e filhos ainda é a melhor arma para enfrentar os perigos da pedofilia – e muitos outros.
  • Denuncie atividades suspeitas
  • Fique atento à conta telefônica. Monitore sua conta telefônica e o extrato de seu cartão de crédito. O número do cartão é necessário para acessar sites adultos e o modem pode ser usado para discar outros números além do provedor de Internet.
Recomendamos alguns sites às crianças, por faixa etária:
De 3 a 5 anos
www.geocities.com/dominhoca/livro.htm
www.turmadamonica.com.br
www.disney.com.br

De 6 a 10 anos
www.lifelong.com/programs/k12/math/mm
www.lobato.com.br
www.bibvirt.futuro.usp.br
De 10 a 12 anos
www.zipnet.com.br/zipkids
www.uol.com.br/criancas
www.terra.com.br/kids


Crianças com sonolência excessiva durante o dia têm mais problemas de aprendizado


Pesquisa apontou que o distúrbio afeta também comportamento e memória dos jovens, mesmo se eles dormem o suficiente durante a noite
Crianças que têm muito sono durante o dia, mesmo se dormem o suficiente à noite, podem passar a enfrentar problemas de aprendizado e de comportamento. Essa é a conclusão de uma nova pesquisa feita na Faculdade de Medicina da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e publicada na edição do mês de maio do periódico Sleep. 

Prejuízo no aprendizado: excesso de sono durante o dia afeta cognição, comportamento e memória de crianças 
(Polka Dot/Thinkstock)

De acordo com os pesquisadores, a sonolência diurna excessiva atinge aproximadamente 15% da população, e pode ser desencadeada por privação do sono, apneia do sono e uso de certos medicamentos, por exemplo. Pessoas que têm esse problema correm maiores riscos de acidentes de trânsito ou de trabalho, e estudos anteriores sugeriram que elas também têm uma saúde geral mais fraca. Poucas pesquisas, porém, foram feitas para entender de que maneira a sonolência excessiva afeta as crianças.

A pesquisa — Esse estudo analisou 508 crianças em idade escolar, que foram dividias em dois grupos: as que tinham sonolência diurna excessiva e as que não sofriam do problema. Todas foram induzidas a dormirem por nove horas durante a noite e, depois, realizaram testes neurocognitivos. Os pais dos jovens também foram entrevistados.

Os pesquisadores observaram que as crianças que tinham sonolência diurna excessiva, mesmo aquelas que dormiam o suficiente durante a noite, eram mais propensas a apresentarem hiperatividade e problemas de atenção, aprendizagem, memória e de comportamento do que as outras que não sofriam do distúrbio. Segundo os autores do estudo, alguns fatores, como obesidade infantil, depressão, ansiedade, asma e dificuldade para dormir, contribuíram para o aumento da incidência desses problemas.

“Os prejuízos causados pela sonolência diurna excessiva na função cognitiva e comportamental da criança podem ter sérios impactos no desenvolvimento infantil”, diz a coordenadora do estudo, Susan Calhoun. Para a autora, é fundamental que crianças sofrem de problemas neurocomportamentais também sejam avaliadas quanto ao risco de terem problemas de sono. Além disso, pais e professores são essenciais para que o problema seja identificado na criança. “Reconhecer e tratar a sonolência excessiva é fundamental para oferecer novas estratégias que ajudem jovens com problemas de comportamento na idade escolar”, afirma.

Fonte: Veja